15 de fevereiro de 2011


Ei! Não se vá! Não ainda, quero lhe falar. Sei que sua pressa é grande e sua vontade de me ver é ínfima, Mas lhe rogo apenas uns minutos, se é que mereço tanto, depois do tanto e do tão pouco que fiz. Ei! Por favor! Atenda esse pedido que lhe faço e prometo que será a ultima vez que me verá. Sim? Ótimo! Nesses breves minutos que me concede quero que o mundo gire bem lentamente para que eu consiga dizer tudo o que devo da forma como se deve. Seu coração esta magoado, sua alma despedaçada e seu corpo perambula pelas ruas da cidade feito um pedaço morto de carne desossada. E dessa trágica situação que se encontra sua vida, assumo a culpa. Não foi crime premeditado, nem má intenção compôs meus atos. Fiz o que fiz. Você costumava ser um belíssimo vaso preenchido com magníficas flores. Matei as flores, pisei... E hoje você não passa de um simples vaso empoeirado, trincado, vazio e escondido num canto de uma estante qualquer. Ei! Não chore! Nenhuma palavra minha, por mais cruel que seja, merece uma lagrima sua. Fui pros seus sentimentos um carrasco e um traidor. Dei-te mil ilusões pra acreditar e um dia resolvo partir. Tudo o que quero dizer irá te soar dissimulado, mentiroso e como uma brincadeira, mas afirmo que não o são. Não me arrependo do que fiz só me arrependo de não ter feito antes. Deixei que fosse ficando serio de mais e acabei perdendo o controle,quando percebi não dava pra dizer adeus sem que você tivesse seu coração partido. Sua voz rouca me diz o quanto você gritou, chego a presumir que praguejou aos céus, mas os anjos nada têm a ver com a dor que lhe imponho. Minhas desculpas parecerão hipocrisia, então lhe pouparei disso. Então adeus, que o tempo cure suas feridas. Que o destino lhe seja amigo. Que os deuses se compadeçam de sua dor. Que seus olhos possam voltar a brilhar. Ei! Respire não se esqueça de nunca de respirar.

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